terça-feira, 2 de setembro de 2014

Abrindo a Marmita outra vez

Quase cinco meses depois, cá estou. Reler alguns textos aqui publicados mexeu comigo. Outros nem quis abrir. Em outro momento os releio, e com certeza encontrarei erros. Por hora não dá para corrigi-los.

Por que tanto tempo longe daqui? Não conseguia escrever, simples assim! Até tenho uns rascunhos manuais, contudo ainda precisam de mais atenção. Pois bem! Hoje decidi abrir a Marmita novamente.

Dormir pouco talvez seja fonte de inspiração – prestarei mais atenção nisso! É que de ontem para hoje, se dormi muito, dormi cerca de 90 minutos. A ansiedade, o mal estar e o calor fizeram companhia praticamente a noite inteira.

Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, o que trouxe mais inspiração para retornar a este recinto foram duas conversas que tive ontem. A primeira, com uma sereia. [Sim! Eu converso com sereia! E você?! ... Ãh! Antes que pense que estou fazendo (ou “dando”) uma daquelas cantadas ridículas  – sabe, estilo aquilo de chamar uma mulher de “princesa”, “gata”, entre outras adjetivações assaz cômicas!?  – não! Não estou “cantando” ninguém. Apenas não julgo necessário revelar o nome da pessoa em questão. Enfim, e a outra que iniciou com coelhos olhando para o céu e correndo na grama verde – “e os de chocolates são gostosos”.

Essas duas conversas fizeram com que eu refletisse um pouco sobre o andamento da minha vida, sobre a forma que estou lidando com certas situações. Em uma falei sobre dor, vazio, assuntos delicados, difíceis; na outra, fui questionada sobre sonhos e sobre o sentido da vida. Pôxa! Aqui cabem muitos devaneios que podem render muitas linhas. Voltarei neste ponto.

Se não fossem a sereia e os coelhos, francamente, não estaria redigindo este agora. Claro que outras coisas também influenciaram – outras conversas que tive no início da semana passada e agora no início desta semana; a observação de determinadas situações – por exemplo, a ida ao supermercado no domingo: encontrei uma ex-colega de trabalho e ela disse meio que surpresa: “é você mesma?! Está diferente! Emagreceu!”, [francamente! Eu não sabia onde enfiar minha cara, se dentro do carrinho de compras dela ou se debaixo do monitor do caixa. Tinham muitas pessoas nas filas ao lado e na que eu estava também. É que o tom de voz dela é mais alto. Não sei de onde ela tirou isso, porque de mim não saiu nem uma grama sequer. Essa coisa de elogio, ai ai ai!] Respondi com um sem graça “que nada! É só a roupa mesmo que é diferente!”, e emendei um: “você que está diferente! Pintou o cabelo, ficou bonitona hein?! E como está indo lá no trabalho? Fiquei sabendo que mudou de setor, está gostando?” E a conversa fluiu, o foco saiu de mim e passou para ela. Mulher é tudo igual mesmo! Repara nos quilos, nos fios, nos panos, nos sapatos, enfim... e eu reparando no quanto estou estagnada diante de algumas coisas. Além da ida ao supermercado, ontem também saí de casa; passei muito mal durante a noite; então nessa somatória de eventos desconexos olhei outras coisas que antes não dava atenção. E, hoje de manhã, também, pensando muitas coisas... decidi que já era hora de voltar pra cá!


Enfim, este é só para abrir a tampa da Marmita. 

13:11, segundo dia do nono mês de 2014

Um comentário:

  1. Que bom que voltou Ana! A tampa da Marmita fora retirada, e o cheiro está ótimo! Tola de sua conhecida que você encontrou no supermercado. Se ela tivesse 0,0001% de sua sensibilidade antes de fazer qualquer pergunta te daria um abraço! Coma seu chocolate sorrindo, e saiba que toda a nação de coelhos e sereias estão ávidos e atentos para desfrutar de seus escritos!

    :)

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