domingo, 12 de abril de 2015

Nuvens de Domingo

*Nota final: o texto está grande! Não quis dividi-lo! Só para evitar reclamações de que não foram avisados!

Manhã de domingo, o céu está bem azul... um azul quase “Windows”, há nuvens espaçadas, e outras densas – elas tem nomes, não são indigentes! Acontece que eu detestava as aulas de climatologia – talvez pela didática do professor, ou pela minha deficiente capacidade de compreensão da disciplina... “Ah! Mas nome de nuvens aprendemos na quinta série!!” (para quem estudou antes da década passada e desta agora! E você sabe que agora mudou o “nome” das fases escolares, né?! Enfim, até hoje não compreendi a lógica disso! Preciso estudar mais! Fato!) Então, todo mundo aprende os nomes das nuvens ainda nos primeiros anos escolares, e, lógico que consequentemente, com todas as pessoas (com) quem converso sobre nuvens passo vergonha! Já procurei na memória a lembrança dessa aula, todavia só lembro da professora de História da 6ª e 7ª série que parecia a Mafalda! Gente! Eu não lembro e não sei! E não sou obrigada a saber!

Ano passado, enquanto lia um livro, descobri que há tipo um quadrinho (desses didáticos para crianças) que tem os desenhos e os nomes das nuvens! Caros leitores, atentem-se para o fato de que acabo de deixar nas linhas anteriores uma sugestão de presente para esta pessoa assaz ignorante no quesito nuvens! É o “cumulus” do absurdo né?! Eu sei!

Momento devaneio: eu queria morar numa Cumulus quando era criança ou num iglu! Criança é phoda! Quem disse que eu não sonhava alto hein?! Vê se pode, morando no interior de “Mingerais” e desejando morar numa nuvem ou num iglu?! Capaz hein?! (Risos)...

... (pausa para pesquisa rapidinha no Sr. Google)...  

Pessoas leitoras, as nuvens espaçadas são as Cirrus! Para mim, são as nuvens de domingo! Elas deixam o céu bonito!

Por que “cargas d’água” escrevo sobre nuvens nesta manhã? Porque acordei “cedim” com a intenção de ir direto ao trabalho; contudo, depois do banho, caminhei até à padaria, tomei café da manhã (eu sem café da manhã não sou ninguém!); e quando o táxi chegou pedi (ao taxista) que me levasse até à minha avó. Ele já sabe o caminho, só confirmou se era certeza de que eu queria ir, porque todas as vezes que vou saio arrasada, e, francamente, cá entre nós, talvez seja uma das piores “corridas” que ele faz! Ver uma passageira em prantos deve ser bem incômodo. As vezes tomo consciência de coisas bem depois que elas acontecem, me falta inteligência emocional para lidar com e perceber certas situações. E depois do vexame feito só resta tomar consciência mesmo e evitar a repetição!!! Fechando o parêntese e voltando ao aglomerado de partículas de água ou gelo suspensas no ar, neste percurso todo, comecei a ponderar algumas coisas. 

Já reparou que as nuvens “caminham”? – um projeto de geógrafa falando que nuvens caminham??? (risos)... então, o texto é meu né?! Como são aglomerados suspensos, eles se deslocam no ar, mudam a forma, se dissipam ou se tornam mais aglomerados, e eu dando essa volta toda de quase 23 laudas (!!!) para dizer que minha vida tem sido como nuvens. Convenhamos, talvez a de muitas pessoas seja assim também! Hora de um jeito, hora de outro, formas e tamanhos diferentes, faz parte! Minha vida profissional que o diga! Estou numa fase de surpreendentes descobertas e aprendizado! E todos os dias uma coisa, mesmo que mínima, faz a diferença e me surpreende.  

Hoje, quando estava saindo do cemitério, veio um misto de raiva, de tristeza, de contentamento estranhamente confortável. Eu queria chorar e não conseguia, esse misto parou na minha garganta, parecia que estava fora de mim, muitas lembranças misturadas dentro da minha cabeça! E eis que surgiu a interrogação: “Por que isso tudo?” e ela persiste até agora. Ainda não sei a resposta, uma porque ainda estou com isso parado na garganta, outra porque não consigo raciocinar a respeito no momento. Então, agora pego tudo isso e coloco dentro daquele iglu que eu queria morar e coloco fogo! Parece justo?! Sim! É justo, muito justo! Uma hora isso sai da garganta, de uma forma ou de outra.

Nessa semana que acabou ontem, recebi desagradáveis notícias referente a 03 acidentes envolvendo pessoas que conheço, 02 estão internadas e já passaram por algumas cirurgias e é provável que passarão por outras. E, hoje, quando eu estava lá com minha avó, pensava sobre como tudo é rapidamente inesperado, e o quanto tenho negligenciado o meu tempo, o quanto não aproveito a presença das pessoas que gosto, o quanto não tenho expressado minha satisfação por estar junto a alguém. Ouço que estou trabalhando demais. O que acontece é que estou aproveitando mal o meu tempo e quando percebo ele já se dissipou. Há semanas que quero escrever e não “me permito” escrever porque acho que vai tomar tempo... e na verdade, gasto um tempinho mesmo (já tem quase 01 hora que comecei a escrever este!).

Coincidência ou não (se é que existem coincidências), olha como as coisas são, visita, nuvens, mudanças, e um texto com uma imagem! O que isso tem em comum? No percurso de sair de casa até estar aqui redigindo este texto, uma coisa foi levando à outra. As reflexões no caminho e quando vou dar uma olhada num site que visito cotidianamente, eis que me deparo com Dinheiro e felicidade: por que investir em experiências e não em coisas” e a imagem que segue é a de uma pessoa no ar, literalmente! Automaticamente, lembrei dos saltos de paraquedas que quero fazer ainda neste ano! 

“Ana, fala logo o que quer dizer!” 

Meus caros, a vida não vai parar, quer queira ou não! Porém, assim como nuvens ela não deixará de existir, apenas se transforma(rá)! Então é hora de aproveitar o tempo com coisas úteis, reprogramar o cérebro, colocar as lembranças ruins dentro do iglu e colocar fogo! E agir e reagir! “Nóh! Então você acabou de descobrir o mundo, fanfarrona?!”; “escreveu toda essa ladainha para dizer o que todo mundo está careca de saber?!” ... então! Muita gente sabe disso! Muita gente age assim! Aproveitando o máximo da vida, dos momentos, da presença de pessoas queridas, muita gente mesmo! Contudo, há outras que ficam em cima do muro, olhando para as coisas que lhe fizeram mal, mas com vontade de pular para outro lado que não conhecem. Tem vontade de passar a vivenciar novos momentos, novas experiências, mas pensam que não conseguem descer do muro, francamente, são bem medrosinhas!

Então, se você ainda continua a ler esta “ladainha”, eu não descobri o mundo e nem sou careca ainda, mas, porém, contudo, todavia, entretanto, escrevo como forma de auxiliar, visualizar melhor minhas reflexões acerca de alguns problemas e/ou situações. Escrevo como forma de libertar-me de fantasmas que só tem feito com que eu sabote coisas boas, escrevo como forma de encontrar uma escada para descer do muro e ficar no lado desconhecido, com os pés no chão, e um pouco distante das nuvens! Escrevo toda essa ladainha para sorrir enquanto digito e ouço uma seleção de músicas interpretadas pelo Emmerson Nogueira. Escrevo para ter a experiência de escrever! Escrevo para ter a experiência de ler o que escrevo! E se eu gostar ou não, experienciei! (Putz! Conjuguei certo?). Algumas pessoas que conheço, se lerem este texto dirá que estou muito crítica em relação ao meu ser! Mas se não formos críticos como serão nossas experiências? Como avalia-las? Usei muito a palavra “não”, para quem avalia isso o uso constante desta palavra “despositiva” é sinal de negativismo! (risos) Vejo de outra forma! De forma realista e otimista! Neste momento, sinto-me bem!

Referências:
- Dinheiro e felicidade: por que investir em experiências e não em coisas. Redação, www.administradores.com, 10 de abril de 2015 – Disponível em: http://www.administradores.com.br/noticias/economia-e-financas/dinheiro-e-felicidade-por-que-investir-em-experiencias-e-nao-em-coisas/100116/ acesso em 12/04/2015

- As Nuvens. Disponível em: http://geofisica.fc.ul.pt/informacoes/curiosidades/nuvens.htm acesso em 12/04/2015

- O lado bom da vida. Matthew Quick – (o livro está lá em casa, então a referência ficará de modo informal, e outra, eu nem lembro as formas corretas da ABNT!)

- Google. Disponível em: www.google.com.br acesso em 12/04/2015

- Playlist Emmerson Nogueira

(Parêntese que não coube ali em cima, aliás caberia, mas ficaria estranho! Eu tenho medo de subir em escada! Se para subir é complicado, para descer é mais ainda! Aí é que está! É urgente começar a me desafiar! Alguém tem uma escada aí?!)

*Agradeço a paciência e leitura, se chegou até aqui!

12:08, décimo segundo dia do quarto mês de 2015.