*Nota final: o texto está grande!
Não quis dividi-lo! Só para evitar reclamações de que não foram avisados!
Manhã de domingo, o céu está bem
azul... um azul quase “Windows”, há
nuvens espaçadas, e outras densas – elas tem nomes, não são indigentes! Acontece
que eu detestava as aulas de climatologia – talvez pela didática do professor,
ou pela minha deficiente capacidade de compreensão da disciplina... “Ah! Mas nome de nuvens aprendemos na quinta
série!!” (para quem estudou antes da década passada e desta agora! E você
sabe que agora mudou o “nome” das fases escolares, né?! Enfim, até hoje não
compreendi a lógica disso! Preciso estudar mais! Fato!) Então, todo mundo
aprende os nomes das nuvens ainda nos primeiros anos escolares, e, lógico que
consequentemente, com todas as pessoas (com) quem converso sobre nuvens passo
vergonha! Já procurei na memória a lembrança dessa aula, todavia só lembro da
professora de História da 6ª e 7ª série que parecia a Mafalda! Gente! Eu não
lembro e não sei! E não sou obrigada a saber!
Ano passado, enquanto lia um
livro, descobri que há tipo um quadrinho (desses didáticos para crianças) que tem
os desenhos e os nomes das nuvens! Caros leitores, atentem-se para o fato de
que acabo de deixar nas linhas anteriores uma sugestão de presente para esta
pessoa assaz ignorante no quesito nuvens! É o “cumulus” do absurdo né?! Eu sei!
Momento devaneio: eu queria morar
numa Cumulus quando era criança ou num
iglu! Criança é phoda! Quem disse que eu não sonhava alto hein?! Vê se pode,
morando no interior de “Mingerais” e desejando morar numa nuvem ou num iglu?!
Capaz hein?! (Risos)...
... (pausa para pesquisa
rapidinha no Sr. Google)...
Pessoas leitoras, as nuvens
espaçadas são as Cirrus! Para mim,
são as nuvens de domingo! Elas deixam o céu bonito!
Por que “cargas d’água” escrevo sobre
nuvens nesta manhã? Porque acordei “cedim” com a intenção de ir direto ao
trabalho; contudo, depois do banho, caminhei até à padaria, tomei café da manhã
(eu sem café da manhã não sou ninguém!); e quando o táxi chegou pedi (ao
taxista) que me levasse até à minha avó. Ele já sabe o caminho, só confirmou se
era certeza de que eu queria ir, porque todas as vezes que vou saio arrasada, e,
francamente, cá entre nós, talvez seja uma das piores “corridas” que ele faz!
Ver uma passageira em prantos deve ser bem incômodo. As vezes tomo consciência
de coisas bem depois que elas acontecem, me falta inteligência emocional para
lidar com e perceber certas situações. E depois do vexame feito só resta tomar
consciência mesmo e evitar a repetição!!! Fechando o parêntese e voltando ao
aglomerado de partículas de água ou gelo suspensas no ar, neste percurso todo,
comecei a ponderar algumas coisas.
Já reparou que as nuvens “caminham”? – um
projeto de geógrafa falando que nuvens caminham??? (risos)... então, o texto é
meu né?! Como são aglomerados suspensos, eles se deslocam no ar, mudam a forma,
se dissipam ou se tornam mais aglomerados, e eu dando essa volta toda de quase
23 laudas (!!!) para dizer que minha vida tem sido como nuvens. Convenhamos,
talvez a de muitas pessoas seja assim também! Hora de um jeito, hora de outro,
formas e tamanhos diferentes, faz parte! Minha vida profissional que o
diga! Estou numa fase de surpreendentes descobertas e aprendizado! E todos os
dias uma coisa, mesmo que mínima, faz a diferença e me surpreende.
Hoje, quando estava saindo do cemitério, veio um misto de raiva, de tristeza, de contentamento estranhamente confortável. Eu queria chorar e não conseguia, esse misto parou na minha garganta, parecia que estava fora de mim, muitas lembranças misturadas dentro da minha cabeça! E eis que surgiu a interrogação: “Por que isso tudo?” e ela persiste até agora. Ainda não sei a resposta, uma porque ainda estou com isso parado na garganta, outra porque não consigo raciocinar a respeito no momento. Então, agora pego tudo isso e coloco dentro daquele iglu que eu queria morar e coloco fogo! Parece justo?! Sim! É justo, muito justo! Uma hora isso sai da garganta, de uma forma ou de outra.
Hoje, quando estava saindo do cemitério, veio um misto de raiva, de tristeza, de contentamento estranhamente confortável. Eu queria chorar e não conseguia, esse misto parou na minha garganta, parecia que estava fora de mim, muitas lembranças misturadas dentro da minha cabeça! E eis que surgiu a interrogação: “Por que isso tudo?” e ela persiste até agora. Ainda não sei a resposta, uma porque ainda estou com isso parado na garganta, outra porque não consigo raciocinar a respeito no momento. Então, agora pego tudo isso e coloco dentro daquele iglu que eu queria morar e coloco fogo! Parece justo?! Sim! É justo, muito justo! Uma hora isso sai da garganta, de uma forma ou de outra.
Nessa semana que acabou ontem,
recebi desagradáveis notícias referente a 03 acidentes envolvendo pessoas que
conheço, 02 estão internadas e já passaram por algumas cirurgias e é provável
que passarão por outras. E, hoje, quando eu estava lá com minha avó, pensava
sobre como tudo é rapidamente inesperado, e o quanto tenho negligenciado o meu
tempo, o quanto não aproveito a presença das pessoas que gosto, o quanto não
tenho expressado minha satisfação por estar junto a alguém. Ouço que estou
trabalhando demais. O que acontece é que estou aproveitando mal o meu tempo e
quando percebo ele já se dissipou. Há semanas que quero escrever e não “me
permito” escrever porque acho que vai tomar tempo... e na verdade, gasto um
tempinho mesmo (já tem quase 01 hora que comecei a escrever
este!).
Coincidência ou não (se é que
existem coincidências), olha como as coisas são, visita, nuvens, mudanças, e um
texto com uma imagem! O que isso tem em comum? No percurso de sair de casa até
estar aqui redigindo este texto, uma coisa foi levando à outra. As reflexões no
caminho e quando vou dar uma olhada num site que visito cotidianamente, eis que
me deparo com “Dinheiro e felicidade: por que investir em experiências e não
em coisas” – e a imagem que segue é
a de uma pessoa no ar, literalmente! Automaticamente, lembrei dos saltos de
paraquedas que quero fazer ainda neste ano!
“Ana,
fala logo o que quer dizer!”
Meus caros, a vida não vai parar, quer queira ou não! Porém, assim como
nuvens ela não deixará de existir, apenas se transforma(rá)! Então é hora de
aproveitar o tempo com coisas úteis, reprogramar o cérebro, colocar as
lembranças ruins dentro do iglu e colocar fogo! E agir e reagir! “Nóh! Então você acabou de descobrir o mundo,
fanfarrona?!”; “escreveu toda essa ladainha
para dizer o que todo mundo está careca de saber?!” ... então! Muita gente
sabe disso! Muita gente age assim! Aproveitando o máximo da vida, dos momentos,
da presença de pessoas queridas, muita gente mesmo! Contudo, há outras que
ficam em cima do muro, olhando para as coisas que lhe fizeram mal, mas com vontade
de pular para outro lado que não conhecem. Tem vontade de passar a vivenciar
novos momentos, novas experiências, mas pensam que não conseguem descer do
muro, francamente, são bem medrosinhas!
Então, se você ainda continua a ler esta “ladainha”, eu não descobri o
mundo e nem sou careca ainda, mas, porém, contudo, todavia, entretanto, escrevo
como forma de auxiliar, visualizar melhor minhas reflexões acerca de alguns
problemas e/ou situações. Escrevo como forma de libertar-me de fantasmas que só
tem feito com que eu sabote coisas boas, escrevo como forma de encontrar uma
escada para descer do muro e ficar no lado desconhecido, com os pés no chão, e
um pouco distante das nuvens! Escrevo toda essa ladainha para sorrir enquanto
digito e ouço uma seleção de músicas interpretadas pelo Emmerson Nogueira.
Escrevo para ter a experiência de escrever! Escrevo para ter a experiência de
ler o que escrevo! E se eu gostar ou não, experienciei! (Putz! Conjuguei
certo?). Algumas pessoas que conheço, se lerem este texto dirá que estou muito
crítica em relação ao meu ser! Mas se não formos críticos como serão nossas
experiências? Como avalia-las? Usei muito a palavra “não”, para quem avalia
isso o uso constante desta palavra “despositiva” é sinal de
negativismo! (risos) Vejo de outra forma! De forma realista e otimista! Neste momento,
sinto-me bem!
Referências:
- Dinheiro e felicidade: por que investir em experiências e não em
coisas. Redação, www.administradores.com, 10 de abril de 2015 –
Disponível em: http://www.administradores.com.br/noticias/economia-e-financas/dinheiro-e-felicidade-por-que-investir-em-experiencias-e-nao-em-coisas/100116/
acesso em 12/04/2015
- As Nuvens. Disponível em: http://geofisica.fc.ul.pt/informacoes/curiosidades/nuvens.htm
acesso em 12/04/2015
- O lado bom da vida. Matthew
Quick – (o livro está lá em casa, então a referência ficará de modo informal, e
outra, eu nem lembro as formas corretas da ABNT!)
- Google. Disponível em: www.google.com.br acesso em 12/04/2015
- Playlist Emmerson Nogueira
(Parêntese que não coube ali em cima, aliás caberia, mas ficaria estranho!
Eu tenho medo de subir em escada! Se para subir é complicado, para descer é
mais ainda! Aí é que está! É urgente começar a me desafiar! Alguém tem uma
escada aí?!)
*Agradeço a paciência e
leitura, se chegou até aqui!
12:08, décimo segundo dia do quarto mês de 2015.