2014 = 2 + 5 = 7 x2 = 14 = 2014
Gosto de observar essas coisas
que geralmente passam despercebidas. Por exemplo, a somatória do ano. Coisa
boba e engraçada... devaneios de Ana.
Falando sério agora, falta
praticamente 01 dia para 2014 acabar. E comecei a pensar no quão rápido ele foi
se esvaindo. Talvez eu não tenha percebido, ou tenha deixado o tempo escorrer
pelo ralo do chuveiro ou cair da cama nas manhãs ensolaradas das duas da tarde...
talvez o tempo tenha voado durante as madrugadas em claro, enquanto folheava os
livros que não li. Mas voou, foi embora, e independente da forma que tenha ido
não vou me lamuriar, mesmo sabendo que eu poderia tê-lo aproveitado melhor,
fiquei na cama o quanto precisei ficar, fiquei sob o chuveiro o tempo que foi
necessário para afogar pensamentos inúteis e/ou destrutivos.
Mas um tempo que gostei de ter
gastado foi o tempo de um percurso entre minha casa e o trabalho... de carona
com meu irmão, de ônibus ou de táxi, conversas sérias, engraçadas, ouvindo
conversas de terceiros ou no meu silêncio alheio ao movimento das ruas. Vi
muitas paisagens que quis fotografar, vi cenas que registrei na mente,
engraçadas, sérias e outras tristes, assim como as conversas que tive e ouvi. Conheci
pessoas que fizeram com que eu me percebesse.
2014 foi um ano de superação (“lá
vem a Ana com essa conversinha trálálá”... eu sei, esse papinho de superação é
tenso! Mas foi um ano de superação sim, embora em não tenha participado de uma
Corrida de Aventura ou de uma maratona ou de nenhum evento esportivo depois de
uma lesão grave no tendão esquerdo do... enfim! )... Morar sozinha foi o meu
maior desafio neste ano, RÁH – “sóquinão”!
Desafio maior do que morar sozinha, foi o de trocar uma lâmpada... na verdade,
troquei duas. A primeira nem foi tão tensa, pois estava ao alcance da minha mão
e não sofri tanto. Contudo, a segunda, gente!, a lâmpada da cozinha. Aqui coube
um ponto porque a observação é grande! Penso ser necessário dizer que a lâmpada
estava queimada há +/- 03 meses. Primeiro: fiquei criando coragem para eu mesma
trocar; Segundo: a coragem não criou, daí fiquei no intuito de chamar meu irmão
para trocar, não chamei porque minha casa nunca está organizada para receber
visitas; Terceiro: à noite, quando chegava em casa, e precisava fazer alguma
coisa na cozinha, eu abria a porta da geladeira – ãh! Defensores da natureza e
economizadores de energia não me critiquem! Vocês estão gastando energia neste
exato momento em que leem este texto altamente desprovido de informações úteis
ao desenvolvimento da humanidade, e não, não estou ofendendo ninguém, e sou eu
quem pago a conta de energia lá de casa...
E então, voltando ao vexame da
lâmpada, um certo dia, na verdade, uma certa noite, criei coragem e decidi “amanhã,
trocarei essa lâmpada!”, dito e feito! Francamente, cá entre nós, (risos), senti
vergonha alheia de eu mesma!!! (“produção, pode isso?!” Pode!) Foi tão
pateticamente cômico quanto quando eu comecei a tomar banho ainda calçada com
meias há alguns anos...
No dia seguinte, tirei os livros da mesa, empurrei a
mesma à cozinha, puxei a cadeira, e a fiz de escada para ficar sobre a mesa.
Até aí eu dizia para eu mesma “não olha para baixo, não precisa de nada para se
segurar.” Aaahttáá! Pernas trêmulas, tive a brilhante ideia de segurar o teto!
(risos) isso foi engraçado! Ok! Eu estava altamente segura, como se minhas mãos
fossem pegajosas como as patas de uma lagartixa, francamente! Agora,
desenroscar a lâmpada! E o medo daquilo estourar no meu rosto?! E o medo de eu
cair da mesa? Não sei qual medo era pior! Depois de meia hora consegui
desenroscar a bendita! E agachar para pegar a lâmpada nova? Eu teria que me
desgrudar do teto! Peloamordequalquercoisa! Quanta agonia! Com muito custo, fui
abaixando devagar, sem nem respirar para não perder o equilíbrio e esparramar
no chão. Toquei a mesa, coloquei o pé na cadeira, desci! Ufa! Eis que a gênia
da coragem e da esperteza aqui lembra de desligar o relógio – a chave da
energia! (risos) SIM! Patético tanto sofrimento!
(Admito que rio enquanto
escrevo, foi vergonhoso!). Fui até o portão desliguei a chave e voltei, já rindo
né?! Mesmo com a segurança de não tomar choque elétrico, tinha a sofrível
subida na mesa. Mais meia hora depois, segurando o teto como uma faceira
lagartixa (eu tenho medo e nojo desse bicho, esqueci de mencionar!), consegui
rosquear a lâmpada nova no bocal. Ufa! Agora era a sofrível descida da mesa e testar
para ver se tinha dado certo! Liguei a chave, voltei para dentro de casa, e a
cozinha nunca ficou tão clara como naquele instante, a lâmpada não estourou. E
eu tinha conseguido a luz! Sobrevivi! \o/ Morando sozinha há 11 meses, foi uma
superação! E tem mais... uma das coisas que eu agradeço é o gás de cozinha que
ainda não acabou. Será outra novela isso, mas enfim!
Ainda tenho coisas guardadas
dentro de caixas que não abri. Talvez amanhã ou o ano que vem eu abra e guarde
todas aquelas coisas. Tem os livros para organizar... enfim...
2014 foi bom, foi um ano de mudanças,
em quase todos os aspectos, com destaque para o lado profissional. E estou
aberta a outras mudanças que provavelmente acontecerão em 2015, sejam profissional,
educacional e/ou mentalmente.
Um abraço forte da Ana para os
ilustres visitantes da minha insana Marmita! Sucesso, saúde, paz, muitos risos,
coragem e muita paciência para o ano que nascerá daqui a pouco!
22:15, trigésimo dia do décimo segundo mês de 2014.