terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Marmita derradeira... de 2014

2014 = 2 + 5 = 7 x2 = 14 = 2014  
Gosto de observar essas coisas que geralmente passam despercebidas. Por exemplo, a somatória do ano. Coisa boba e engraçada... devaneios de Ana.

Falando sério agora, falta praticamente 01 dia para 2014 acabar. E comecei a pensar no quão rápido ele foi se esvaindo. Talvez eu não tenha percebido, ou tenha deixado o tempo escorrer pelo ralo do chuveiro ou cair da cama nas manhãs ensolaradas das duas da tarde... talvez o tempo tenha voado durante as madrugadas em claro, enquanto folheava os livros que não li. Mas voou, foi embora, e independente da forma que tenha ido não vou me lamuriar, mesmo sabendo que eu poderia tê-lo aproveitado melhor, fiquei na cama o quanto precisei ficar, fiquei sob o chuveiro o tempo que foi necessário para afogar pensamentos inúteis e/ou destrutivos.

Mas um tempo que gostei de ter gastado foi o tempo de um percurso entre minha casa e o trabalho... de carona com meu irmão, de ônibus ou de táxi, conversas sérias, engraçadas, ouvindo conversas de terceiros ou no meu silêncio alheio ao movimento das ruas. Vi muitas paisagens que quis fotografar, vi cenas que registrei na mente, engraçadas, sérias e outras tristes, assim como as conversas que tive e ouvi. Conheci pessoas que fizeram com que eu me percebesse.

2014 foi um ano de superação (“lá vem a Ana com essa conversinha trálálá”... eu sei, esse papinho de superação é tenso! Mas foi um ano de superação sim, embora em não tenha participado de uma Corrida de Aventura ou de uma maratona ou de nenhum evento esportivo depois de uma lesão grave no tendão esquerdo do... enfim! )... Morar sozinha foi o meu maior desafio neste ano, RÁH – “sóquinão”! Desafio maior do que morar sozinha, foi o de trocar uma lâmpada... na verdade, troquei duas. A primeira nem foi tão tensa, pois estava ao alcance da minha mão e não sofri tanto. Contudo, a segunda, gente!, a lâmpada da cozinha. Aqui coube um ponto porque a observação é grande! Penso ser necessário dizer que a lâmpada estava queimada há +/- 03 meses. Primeiro: fiquei criando coragem para eu mesma trocar; Segundo: a coragem não criou, daí fiquei no intuito de chamar meu irmão para trocar, não chamei porque minha casa nunca está organizada para receber visitas; Terceiro: à noite, quando chegava em casa, e precisava fazer alguma coisa na cozinha, eu abria a porta da geladeira – ãh! Defensores da natureza e economizadores de energia não me critiquem! Vocês estão gastando energia neste exato momento em que leem este texto altamente desprovido de informações úteis ao desenvolvimento da humanidade, e não, não estou ofendendo ninguém, e sou eu quem pago a conta de energia lá de casa... 

E então, voltando ao vexame da lâmpada, um certo dia, na verdade, uma certa noite, criei coragem e decidi “amanhã, trocarei essa lâmpada!”, dito e feito! Francamente, cá entre nós, (risos), senti vergonha alheia de eu mesma!!! (“produção, pode isso?!” Pode!) Foi tão pateticamente cômico quanto quando eu comecei a tomar banho ainda calçada com meias há alguns anos... 

No dia seguinte, tirei os livros da mesa, empurrei a mesma à cozinha, puxei a cadeira, e a fiz de escada para ficar sobre a mesa. Até aí eu dizia para eu mesma “não olha para baixo, não precisa de nada para se segurar.” Aaahttáá! Pernas trêmulas, tive a brilhante ideia de segurar o teto! (risos) isso foi engraçado! Ok! Eu estava altamente segura, como se minhas mãos fossem pegajosas como as patas de uma lagartixa, francamente! Agora, desenroscar a lâmpada! E o medo daquilo estourar no meu rosto?! E o medo de eu cair da mesa? Não sei qual medo era pior! Depois de meia hora consegui desenroscar a bendita! E agachar para pegar a lâmpada nova? Eu teria que me desgrudar do teto! Peloamordequalquercoisa! Quanta agonia! Com muito custo, fui abaixando devagar, sem nem respirar para não perder o equilíbrio e esparramar no chão. Toquei a mesa, coloquei o pé na cadeira, desci! Ufa! Eis que a gênia da coragem e da esperteza aqui lembra de desligar o relógio – a chave da energia! (risos) SIM! Patético tanto sofrimento! 

(Admito que rio enquanto escrevo, foi vergonhoso!). Fui até o portão desliguei a chave e voltei, já rindo né?! Mesmo com a segurança de não tomar choque elétrico, tinha a sofrível subida na mesa. Mais meia hora depois, segurando o teto como uma faceira lagartixa (eu tenho medo e nojo desse bicho, esqueci de mencionar!), consegui rosquear a lâmpada nova no bocal. Ufa! Agora era a sofrível descida da mesa e testar para ver se tinha dado certo! Liguei a chave, voltei para dentro de casa, e a cozinha nunca ficou tão clara como naquele instante, a lâmpada não estourou. E eu tinha conseguido a luz! Sobrevivi! \o/ Morando sozinha há 11 meses, foi uma superação! E tem mais... uma das coisas que eu agradeço é o gás de cozinha que ainda não acabou. Será outra novela isso, mas enfim!

Ainda tenho coisas guardadas dentro de caixas que não abri. Talvez amanhã ou o ano que vem eu abra e guarde todas aquelas coisas. Tem os livros para organizar... enfim...

2014 foi bom, foi um ano de mudanças, em quase todos os aspectos, com destaque para o lado profissional. E estou aberta a outras mudanças que provavelmente acontecerão em 2015, sejam profissional, educacional e/ou mentalmente.

Um abraço forte da Ana para os ilustres visitantes da minha insana Marmita! Sucesso, saúde, paz, muitos risos, coragem e muita paciência para o ano que nascerá daqui a pouco!

22:15, trigésimo dia do décimo segundo mês de 2014.