quinta-feira, 4 de maio de 2023

Despertar... destampar a Marmita...

Depois de muito hesitar, aqui estou... mais um final de noite e  outro início de madrugada. Claro, boa música não pode faltar como companhia... e o que meus ouvidos escolheram? Pink Floyd! Vamos de Shine On You Crazy Diamond. 

Após muito tempo sem digitar palavras, ousei usar o teclado. Se fiz algum roteiro? Não o fiz. Há muitas coisas a serem ditas, de maneira geral e pessoal. Como dizem aquelas pessoas? "olha, eu poderia estar aqui chorando, lamentando, excomungando... mas, não sou assim, por isso resolvi estar escrevendo aqui para vocês!" (risos - não posso perder a oportunidade, certo?)

Muitas coisas mudaram: trabalho, estudos, dormitório, lugar de sossego... O que não mudou? A família, as amizades e as crises de ansiedade. 

Hoje ela voltou com força! Se bem que, é errado eu dizer "voltou", ela simplesmente nunca foi até hoje. Sempre, até hoje, esteve presente, camuflada, na espreita, esperando por um deslize, uma brecha, fresta por minúscula que seja, um arranhão bobo... e ela se empodera de tal maneira a esganar minha carótida! 

Mudou o governo, mudaram os "puxa-sacos", não mudaram as matérias sensacionalistas, não mudaram as mentes irredutíveis... aceleraram os processos dos meios de comunicação. Agora clicamos em um coração para simbolizar que "curtimos" determinada publicação. Abro aqui um parêntese (sem parêntese, diga-se de passagem, com dois pontos): entrei em uma publicação na rede social [aquela cujo nome quase termina em grama], era um acontecimento triste - um carro pegando fogo no meio da rua - e havia não sei quantos mil "corações" logo abaixo da reportagem, vieram meus questionamentos: será que "curtiram" o vídeo pelo vídeo? Será que os corações são de pessoas "sem coração", que gostam de ver a desgraça alheia? Por que não há outros símbolos adequados ao contexto da notícia, da publicação, da imagem? Ou será que há e meus aplicativos não estão devidamente "atualizados"? E nisso, numa publicação sobre um carro em estado de incineração em plena via pública, também questionei internamente para onde estamos indo... rumamos para um Admirável Mundo Novo da falta de empatia? 

Há um conflito interno muito grande. Espero que não seja apenas minha pessoa a ter tais questionamentos, espero também que existam outros questionamentos além da minha simplificação para explicar o motivos das minhas interrogações mentais! Sou uma pessoa um tanto, não diria resistente, alheia às tecnologias atuais... aliás, diárias! Todo dia uma nova atualização! 

(Vamos para Echoes agora... será que finalizo o texto somente ouvindo duas músicas floydianas?)

Voltando para a margem do rio de águas tecnológicas, fico sentada na beirada do barranco... parece ser um lugar seguro, terra firme. Porém, uma massa quase invisível, invisível, porque é uma massa que não percebe o quão massificada está, faz força no sentido de eu cair barranco abaixo. Mergulhar em águas tecnológicas... Quem diria, hein, Heráclito?! Hoje, não só não banhamos no mesmo rio duas vezes, como também não navegamos na mesma rede de internet duas vezes... 

Enfim, devaneios... foi assim que fiquei na segunda aula de ontem... aula virtual! Fiz muitas coisas, até coloquei roupa no varal, e só fui refletir sobre o conteúdo da aula por causa de um "print" (sim, "printi" - um retrato [piada interna, referência Em pé na Rede] da tela do computador... digo, da aula que estava acontecendo remotamente, print esse que mostrei para um amigo e começamos a conversar sobre o conteúdo do mesmo - "escambo" e "precisamos negociar"... E isso era uma conversa de fumaça (sim, conversa, não cortina como acontece no governo) para ele não responder se estava bem ou não. 

Cá entre nós, essa pergunta genérica "está tudo bem?" é tão genérica e automática que eu entendo ele não querer responder, eu mesma tem hora que não respondo e procuro não usar. Porque penso que nem tudo vai estar bem e você não vai querer explicação de o porquê não estar bem, ou, simplesmente, não quererá falar sobre o motivo. Está certo que há pessoas que parecem nadar na bonança dos dias. Isso é admirável (leia-se sem ironias!)!!! Admiro essas pessoas que levam a vida de forma suave, leve, risonha, sem sentir a carótida sendo estrangulada no meio da tarde a caminho do trabalho! 

Bem-vindas! Bem-vindos! Mais uma vez dentro da minha Marmita! Meu espaço, meu canto, meu refúgio... minha Marmita!!! 

Aaaaah!!! Terminei o rascunho do texto e Echoes ainda não acabou, faltam uns quatro minutinhos!!!! (risos, será meu relógio agora!) 

Meta: escrever textos ouvindo músicas do Pink Floyd!!! (treinar para a redação)

00:13, quarto dia do quinto mês de dois mil e vinte e três. 

2 comentários:

  1. Reinaldo Roberto da Cruz6 de maio de 2023 às 09:53

    Muito bom, Anália. Parabéns pelo bBlelo retorno. Nos brinde com mais inquietações. Tô na escuta! Um beijão!

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    1. Meu Caro!!! Agradeço pelo apoio mais uma vez!!! Inspirada nos seus haicais, voltei a escrever!!! ❤️😍😊

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