quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Reencontros e Encontros - Gratidão 2 - Família

Geralmente, aqui na Marmita falo muito sobre mim, sobre meus devaneios, sobre alguns acontecimentos cotidianos [francamente, tem muita coisa para ser escrita], mas um certo assunto falo pouco... família! Olha que neste ano, depois da minha inserção no mundo digital via whatsApp, e em grupos de família, teria rendido bons textos aqui, mas com o decorrer dos meses e com minha mente não contribuindo muito fui deixando o tema de lado. 

Mas, devido ao Carnaval [evento este que não me agrada nem um pouquinho sequer, diga-se de passagem] eis que reencontrei - ainda que virtualmente - alguns familiares que não via desde a minha infância! E, nesse reencontro virtual, eis que encontrei uma prima lá de Belzonte, putz! E pensar que fui algumas vezes em BêAgá e nem sabia da existência dela...  Bom, eu sabia da existência dos pais dela e tal, mas dela em si não mesmo! Enfim... tivemos encontros pelo WhatsApp, e num momento meu - também eufórico - apresentei a Marmita para a prima! [É engraçado que na nossa família, tanto do lado da minha avó materna, quanto do meu avô materno, toda a primaiada não se chamam pelo nome e sim de "prima" ou "primo", admito que tenho uma certa dificuldade com isso, prefiro o nome da pessoa mesmo e tá tudo certo, mas enfim!!] 

Ao apresentar o blog, eis que ela me desafiou a escrever mais [assim como vocês que já acompanham os textos], bem como a escrever para um projeto de família para 2019. Ainda estou pensando como farei! Como minha síndrome do último minuto ainda está em plena atividade [afff, procrastinadora detectada!], acredito que até meados de janeiro/2019 eu tenha feito algum progresso em relação a este projeto que temos juntas! 

Nesse encontro com a prima de BêAgá, pude voltar em bons momentos da infância, relembrar dos meus avós e de alguns "tios e tias", "primos e primas", que nos visitavam nas férias. Pude lembrar do quanto eu queria ser grande para poder acompanhá-los nas andanças e aventuras, a melhor dessas aventuras - na minha mente de criança criativa -  seria subir a serra para pegar murici![gente! Pra quem não conhece murici, é uma das frutas  - do cerrado - mais gostosas que existem! Um cheiro muito bom! A fruta é boa, o doce é bom, o licor então, maravilhoso! O picolé, gente! Que picolé! É a mesma coisa de eu estar com uma bacia de murici na mão! O picolé é deliciosissississimo!!! Na Frutos do Cerrado tem! Pronto, falei!] Esse era meu sonho de consumo da época, além claro de morar em uma nuvem ou num iglu! Mas como eu era pequena tinha que ficar em casa. 

A prima da capital me emocionou ao contar algumas histórias da nossa família (por parte de mãe) que eu tinha apenas conhecimento superficial! Descobri que ela e eu temos algumas coisas em comum, algumas críticas em relação a valores familiares, e a sociedade em geral. E que ela, apesar de no início eu ter tido uma imagem meio equivocada dela, é uma pessoa muito bacana, parece ser do tipo daquelas pessoas que queremos ter por perto! Sabe aquelas gentes animadas, dispostas a enfrentar os obstáculos? De fazer carão e tudo mais para os problemas? Pois é! Parece que ela é assim! E eu fiquei pensando, gente! Por que não nos encontramos antes? 

A vida é engraçada com suas peripécias né?! E aí no meio da nossa conversa ela me apresentou o poema que segue: 

Legado
Qual é o sentido das nossas finitas vidas
senão tornar outras vidas mais bonitas?

Deixar filhos, deixar versos, deixar quadros
deixar filmes, deixar livros, deixar flores
deixar fotos, deixar músicas, deixar pratos
deixar obras, deixar marcos, deixar cores

E então, deixar a vida 
deixando na vida mais vida 
deixando a vida de quem fica 
mais rica e mais bonita 

Terapoética - como transformar problemas em poemas - Alessandro Uccello 

Então, Prima, dedico este post à nossa família em especial, e também a todas as famílias que a princípio muitos julgam desajustadas ou perfeitas! Mas todos nós sabemos que não existe perfeição! Existe afeto, carinho, compreensão, descontentamentos, discordâncias, amor, empatia, antipatia, brigas, e acima de tudo, A-PREN-DI-ZA-DO

Ao escrever este, veio um misto de emoção, contentamento, alegria, saudade, um sentimento de união que em breve testemunharemos! 

#Trilha sonora do post: 

05:01, vigésimo nono dia do décimo primeiro mês de 2018.

Um comentário:

  1. Mais!! Li os últimos 4 que não tinha lido, gostei muito do de projetos.. talvez seja ousadia minha arriscar uma definição mas a sua escrita e viva ou algo assim, talvez por estar ligado sempre a um momento especial seu de alguma forma, vc consegue passar a emoção. Além de serem "insights" que podem servir para quem lê, se identifica e reflete.

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